Quatro agentes da PSP foram agredidos, na última madrugada, à porta de uma discoteca situada na Avenida 24 de Julho, em Lisboa.
Os quatro foram internados no Hospital de S. José.
Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa refere que o incidente ocorreu pelas 06:30, “no exterior de um estabelecimento de diversão noturna”, tendo começado com agressões mútuas entre vários cidadãos.
Segundo relata a PSP, no local encontravam-se “quatro policias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal” acabando por ser agredidos “violentamente” por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas.
Durante a ação policial, um dos polícias foi “empurrado e caiu ao chão, onde continuou a ser agredido com diversos pontapés, enquanto os restantes polícias continuavam também a defender-se das agressões”, adianta a PSP.
Este agente, de 30 anos, sofreu várias fraturas e hemorragias internas e encontra-se em estado de coma.
Ao que a SIC apurou, o grupo de agressores será da zona do Montijo.
A PSP informa ainda que estão em curso todas as diligências, em coordenação com a PJ, para a identificação dos autores das agressões.
“Salientamos que os polícias, apesar de não estarem em serviço, não deixaram de intervir, cumprindo com a sua condição policial, tentando manter a ordem pública a integridade física dos concidadãos que servimos”, realça a PSP.
Entretanto, a PSP disponibilizou acompanhamento psicológico através da sua Divisão de Psicologia, aos polícias agredidos e aos seus familiares.
A PSP apela às pessoas que frequentam as áreas de diversão noturna que adotem comportamentos ordeiros e que evitem confrontos e agressões, pois colocam em perigo a integridade física e a vida de terceiros.
“Toda a família policial da PSP está solidária na luta pela vida, travada pelo nosso irmão de armas”, conclui a nota policial.
Contactado pela Lusa, Paulo Santos, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), “lamentou profundamente” que tenha ocorrido “mais uma situação” de violência contra polícias, pedindo à PSP que divulgue “toda a informação sobre o ocorrido” e que a justiça atue de “forma célere e assertiva” no sentido de apurar responsabilidades criminais dos autores das agressões e ajude a “evitar novos episódios semelhantes”.