Balfagón garantiu que não sabe se este depoimento será levado em conta ou não: “Mas, cara, é um fato que está aí, que, objetivamente, pode ser valorizado”
Carmen Balfagón falou após o depoimento de uma suposta vítima de Edwin Arrieta. O porta-voz da família Sancho ela permaneceu cautelosa após o impacto causado pelas palavras desse menino transmitido por ‘E agora Sonsoles’ na tarde de segunda-feira passada.
“Isso não nos afeta em nada, não nos afeta. É um testemunho mais que bom, aí está, aí está. Devemos continuar a confiar no que a Tailândia está a fazer neste caso, na investigação e no que será decidido mais tarde”, afirmou o advogado e criminologista do programa Antena 3.
Além de mostrar respeito pela investigação realizada na Tailândia, Balfagón lembrou que sempre disse que “a vítima e o perpetrador” tinham de ser estudados: “Isto, obviamente, poderia ser uma circunstância atenuante, se tudo isto for provado, e poderíamos pensar que estamos no mesmo caso e até numa atuação repetida, mas estamos falando da Tailândia.
“A palavra atenuante, no código penal tailandês, não existe. Existem condições. Diferente, mas o que isso significa? Bom, cara, talvez o que o Daniel disse no seu depoimento, sem entrar em mais detalhes, possa ter algum halo de realidade, sem justificar em nada os fatos, porque, obviamente, os fatos não são justificados, mas aqui na Espanha temos o ‘estado da necessidade” ou do “medo intransponível”. Ou seja, o que poderia ter acontecido com uma pessoa que faz algo assim? Temos aqui muitos crimes que nos dão a natureza do que poderia ter acontecido nessa interação entre a vítima e o perpetrador, mas estamos na Tailândia e devemos respeitar a justiça tailandesa”, afirmou o advogado.
Por outro lado, Balfagón garantiu que não sabe se esse depoimento será levado em consideração ou não: “Mas, cara, é um fato que está aí, que, objetivamente, pode ser valorizado.”
Vale lembrar que o programa apresentado por Sonsoles Ónega exibiu na última segunda-feira o depoimento de um homem que em 2005 apresentou queixa contra Edwin Arrietavítima do suposto crime cometido pelo chef espanhol.
Segundo noticiou o programa Antena 3, o jovem denunciou o cirurgião por assédio e ataques físicos. “Desde o primeiro dia em que demonstrou interesse sentimental por mim, fez todo o possível para encontrar uma desculpa para estar comigo”, declarou sobre Arrieta, de quem teria recebido diversas ameaças.
“Ele me agrediu fisicamente e eu carregava meu computador pessoal, que quebrou devido à surra. Tive que trocar meu telefone e número de casa. Não deixa minha vida em paz e se tornou um terror por causa de suas ameaças”, disse o reclamante, que forneceu um relatório de lesões como prova.
Nas suas declarações ao programa Sonsoles, afirmou que Arrieta lhe telefonou 143 vezes num só dia: “Tenho o número gravado na minha cabeça”. “Ele me chantageou, ele me chantageou conversando com minha família, que iam acontecer coisas comigo, que ele ia me mandar para as pessoas… Na minha mão eu tenho uma cicatriz de uma mordida que ele me deu. um de seus ataques”ele relatou.