Até agora, mais de 13 mil pessoas foram mortas em Gaza em retaliação de Israel.
Joanesburgo:
A África do Sul acolherá terça-feira uma cimeira virtual do grupo de nações BRICS, incluindo o presidente russo Vladimir Putin, para discutir a guerra Israel-Hamas, disseram Pretória e Moscovo na segunda-feira.
Os BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – são um grupo de grandes economias emergentes que procuram remodelar a ordem global liderada pelos EUA e pelo Ocidente.
A “Reunião Conjunta Extraordinária sobre a Situação do Médio Oriente em Gaza” de terça-feira será organizada pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, na esperança de elaborar uma resposta comum ao conflito de mais de seis semanas.
Líderes da Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Etiópia, Irão e Emirados Árabes Unidos – que deverão aderir ao grupo BRICS em Janeiro de 2024 – participarão na reunião.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também participará, disse a presidência sul-africana num comunicado.
Acrescentou que todos os cinco chefes de estado do BRICS participarão na cimeira virtual, após a qual se espera uma declaração conjunta com referência particular a Gaza.
Os combates continuam em Gaza depois de um ataque chocante do Hamas a Israel, em 7 de outubro, que matou cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e cerca de 240 pessoas foram feitas reféns, segundo autoridades israelenses.
Em Gaza, cerca de 13.300 pessoas, mais de 5.500 delas crianças, foram mortas na ofensiva aérea e terrestre de retaliação, disseram autoridades do território controlado pelo Hamas.
A África do Sul é há muito tempo um apoiante vocal da causa palestiniana, com o partido no poder, Congresso Nacional Africano (ANC), frequentemente a ligando à sua própria luta contra o apartheid.
O ANC disse na quinta-feira passada que apoiaria uma moção parlamentar para suspender as relações diplomáticas com Israel até que concorde com um cessar-fogo em Gaza, condenando as “ações genocidas do regime israelita”.
Na sexta-feira, a África do Sul juntou-se a quatro outras nações no apelo a uma investigação do Tribunal Penal Internacional sobre a guerra Israel-Hamas.
A China tem sido historicamente solidária com os palestinos e apoia uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestiniano.
Pequim tem pedido um cessar-fogo imediato desde o início da guerra, no mês passado.
O presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de alimentar tensões no Médio Oriente e criticou Israel pela sua conduta no conflito.
Putin faltou à última cimeira anual dos BRICS em Joanesburgo porque é alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional – uma disposição que a África do Sul, como membro do TPI, deveria implementar se ele colocasse os pés no país.
(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)
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