Mais de 10.000 mortos desde a invasão da Rússia, segundo a ONU. (Arquivo)

Kyiv, Ucrânia:

O presidente Volodymyr Zelensky relacionou na terça-feira os históricos protestos pró-democracia em Kiev, há uma década, à invasão da Ucrânia, descrevendo as manifestações na praça Maidan como a “primeira vitória” da guerra com a Rússia.

O movimento de protesto pró-europeu – no qual cerca de 100 civis morreram em confrontos violentos com as forças de segurança na capital – acabou por levar à destituição do Presidente Viktor Yanukovych, apoiado pelo Kremlin.

“Ocorreu a primeira vitória na guerra de hoje. Uma vitória contra a indiferença. Uma vitória da coragem. A vitória da Revolução da Dignidade”, disse Zelensky num comunicado que marcou o aniversário de 10 anos do movimento de protesto que durou meses.

Os protestos de Maidan eclodiram no final de 2013, quando Yanukovych abandonou um acordo comercial de associação com a União Europeia e subsequentemente desencadeou um conflito separatista no leste do país.

Zelensky elogiou o progresso do seu país no sentido de se tornar membro da União Europeia desde que as forças russas lançaram uma invasão completa em Fevereiro de 2022.

“Ano após ano, passo a passo, fazemos o nosso melhor para garantir que a nossa estrela brilhe no círculo de estrelas da bandeira da UE, que simboliza a unidade dos povos da Europa. A estrela da Ucrânia”, disse ele.

O executivo da UE recomendou no início deste mês a abertura de negociações formais de adesão com a Ucrânia e a Moldávia e sugeriu que os 27 estados membros do bloco deveriam conceder à Geórgia o estatuto de candidato.

O Kremlin, contudo, descreveu os protestos de Maidan como uma tentativa de derrubar o governo com o apoio de potências estrangeiras.

“Foi um golpe. Foi uma derrubada das autoridades patrocinada pelo exterior. As coisas precisam ser chamadas pelos seus nomes”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres na terça-feira.

Ele disse que o objetivo da Rússia é continuar com a invasão da Ucrânia, depois de no ano passado ter anunciado a anexação unilateral de quatro territórios ucranianos, sobre os quais ainda não tem controle militar total.

Enquanto isso, as Nações Unidas disseram na terça-feira que mais de 10.000 pessoas, incluindo mais de 560 crianças, foram mortas e mais de 18.500 ficaram feridas desde a invasão russa.

A Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia observou que o número real provavelmente será “significativamente” mais elevado, dadas as complicações na verificação das mortes.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

Esperando por resposta para carregar…

Fuente