O presidente russo, Vladimir Putin, continuou a desfrutar da glória dos militares russos e das suas famílias durante uma reunião na sua residência em Novo-Ogaryovo, mesmo quando surgiram notícias de um devastador ataque com mísseis no leste da Ucrânia que custou a vida a 11 pessoas, incluindo cinco inocentes. crianças.

A reunião, realizada para celebrar o Natal Ortodoxo, é vista pelos analistas como um movimento estratégico para reforçar o apoio a Putin antes das próximas eleições presidenciais em Março.

O grupo de reflexão Instituto para o Estudo da Guerra sugere que a demonstração calculada de solidariedade de Putin para com as famílias dos militares russos falecidos serve um duplo propósito.

Por um lado, procura angariar o apoio público, projectando uma imagem de unidade e patriotismo, especialmente porque o Kremlin pretende retratar a população russa como esmagadoramente favorável à guerra em curso na Ucrânia.

Por outro lado, estas reuniões cuidadosamente orquestradas podem ter como objectivo minimizar o risco de quaisquer perguntas ou declarações inconvenientes que possam desafiar a narrativa oficial.

As famílias presentes na reunião de Putin foram escolhidas com cautela, com ligações ao governo e aos militares russos, segundo o site investigativo russo Agentstvo.

A medida sublinha ainda mais o controlo meticuloso do Kremlin sobre a narrativa em torno do conflito e os seus esforços para manipular a percepção pública.

Entretanto, a tragédia atingiu o leste da Ucrânia quando um ataque com mísseis russos atingiu a cidade de Pokrovsk e aldeias vizinhas no Oblast de Donetsk, resultando na morte de 11 pessoas, incluindo cinco crianças.

O ataque, que utilizou mísseis S-300, destruiu pelo menos seis casas, deixando um rasto de devastação. Autoridades ucranianas condenaram o ataque, apontando para uma mudança na estratégia de ataque aéreo da Rússia em direção às cidades da linha de frente no leste, após dias de pesados ​​bombardeios nos principais centros civis, incluindo a capital Kiev.

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