A barragem em Silves é por estes dias a única a barlavento que está a ser usada para abastecimento publico e é também de lá que poderá vir uma eventual recarga para a barragem do Arade, da qual dependem 1.800 agricultores.

A revisão de algumas medidas do plano de contingência da seca, face ao que tem chovido nos últimos últimos dois meses, é uma reivindicação dos agricultores algarvios, que se sentem penalizados em relação aos setores do abastecimento publico e turismo.

Asseguram que a modernização dos pomares tem permitido reduzir os consumos, mas com cortes sucessivos desde 2022, como acontece no perímetro de rega de Silves, a redução de 40% determinada para aquela zona, em janeiro, ameaça estrangular boa parte da produção nacional de laranja.

A associação de regantes, que na campanha reuniu com Luís Montenegro, apela agora ao novo Governo.

APA reforça necessidade de cautela

Para já, mesmo com as ultimas chuvas, o Algarve mantém a situação de seca hidrológica extrema. Responsáveis da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) mostram-se otimistas e acreditam numa boa recuperação, mas ainda assim sublinham a necessidade de cautela.

Para já, há 159 hectómetros cúbicos de agua armazenada e o consumo conseguiu ser reduzido, mas com a chegada das temperaturas quentes, os motivos de preocupação aumentam.

Em abril, a APA vai avaliar se o que choveu garante ou não as condições para rever os cortes.

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