José Antonio Lima, editor do Comprova, destacou que a desinformação impacta na política de campanha de vacinação contra a doença




Foto: Reprodução: Terra

Em entrevista ao Terra Agoracomandado por Cazé Pecini, José Antonio Lima, editor do Comprova, destacou que as notícias falsas comprometem as medidas contra a dengue, incluindo a política de campanha de vacinação promovida pelo Ministério da Saúde. As vacinas frequentemente são alvos de desinformação, o que contribui para um número menor de pessoas imunizadas.

O País enfrenta um aumento exponencial no número de casos desde o início do ano. Em razão desse aumento, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, abordou o tema e observou que a epidemia vivenciada aqui está alinhada com a situação global.

“Muitos países, o Brasil inclusive, estão encarando desafios significativos com doenças transmissíveis e não transmissíveis, incluindo o recente surto de dengue, que está sendo ampliado pelo fenômeno do El Niño. Esse surto de dengue é parte de uma escala de aumento global da dengue”, disse Adhanom.

O diretor-geral da OMS acrescentou que, no ano passado, foram registrados mais de 5 milhões de casos da doença, além de mais de 50 mil mortes relacionadas à dengue em 80 países. Segundo Tedros Adhanom, os registros ocorreram em todas as regiões do mundo, exceto a Europa.

“É uma emergência global”, afirmou Tedros, que disse ter vindo ao Brasil para acompanhar a resposta ao surto e pela liderança do país na introdução da nova vacina contra a dengue, prevista para ser aplicada em 521 municípios.

Veja números

O Brasil já registrou, desde o início do ano, 3.062.181 casos prováveis de dengue. O número já é quase o dobro de todo o ano passado, quando foram detectados 1,6 milhão de casos. Desde o início do ano, foram registradas 1.256 mortes por dengue em todo o país. Outros 1.857 óbitos estão em investigação.

Estados

Segundo o Ministério da Saúde, nove unidades federativas estão com tendência de queda consolidada no número de casos de dengue: Acre, Roraima, Amazonas, Tocantins, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal.

Outros 13 estados apresentam com tendência de estabilidade: Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e São Paulo.

Alagoas, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Sergipe permanecem com tendência de aumento no número de casos. Os números foram divulgados nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde.



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