Em 2021, aconteceu a Maria Teresa, de 61 anos, e ao filho, de 30, o mesmo que já sucedeu, nos últimos anos, a muitas outras pessoas que arrendavam habitação em cidades que estão no radar de investidores no sector do imobiliário. O prédio onde vivia há aproximadamente 30 anos, num quarto que dividia com o filho na freguesia do Bonfim, no Porto, foi vendido. Por isso, teve de o abandonar. Nessa altura, para não ficar na rua, deixou candidatura na Domus Social, empresa municipal que gere o parque habitacional camarário portuense. Mas foi recusada. Ainda enquanto esperava por resposta, foi acolhida temporariamente de favor noutro quarto num prédio, sem condições e sobrelotado, da mesma freguesia. Até ao final desta quinta-feira, ainda lá estava. Mas, no mesmo dia, teve de sair do quarto a pedido de quem a deixou ir para lá. O núcleo habitacional onde viviam provisoriamente também foi vendido há uns anos e quem arrenda as casas que lá estão também vai ter de abandonar o espaço. Sem alternativas, o destino desta família poderá passar pela rua.

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