O coronel José Castro Carneiro ainda se recorda perfeitamente de, na véspera da Revolução dos Cravos, ter ido no Austin Mini conduzido pelo alferes Pêgo entregar os planos de operações a Lamego, Vila Real e Bragança. No banco de trás, levava a companheira habitual: a G3 que gostava de ter sempre consigo para o caso de haver “sarrafusca grossa”.

José tinha apenas 28 anos e foi-lhe entregue a missão de deter o chefe de Estado-Maior da Região Militar do Norte. Depois disso, avançou com as tropas para a Avenida dos Aliados, onde “a PSP andava a malhar no povo”. “Assim que viram os militares, os civis correram os polícias à pedrada”conta o Capitão de Abril para quem a revolução no Porto foi “simples”.

Com palavras humildes e sempre com um sorriso menino, o coronel, atualmente com 78 anos, rejeita ser visto como um herói. “Em Angola cumpri o meu dever, no 25 de Abril cumpri a obrigação que tinha”simplifica “um dos vencidos pelo 25 de Novembro”.

Eis um “idealista pragmático” em entrevista ao Expresso.

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