O conselho de jurisdição do Livre decidiu na noite desta quarta-feira reverter a restrição do direito de voto na segunda volta das primárias para as europeias a apenas membros, considerando que “não foram apuradas condutas concretas que traduzam uma viciação do processo”.

Esta decisão, à qual a Lusa e o PÚBLICO tiveram acesso, foi tomada pela Comissão de Ética e Arbitragem, que integra a jurisdição do partido, que determinou que “a segunda volta das primárias deve permitir o voto não só de membros e apoiantes, mas também daqueles que se inscreveram no processo eleitoral, nos termos previstos no Regulamento de Primárias do Livre”.

O órgão interno deliberou que, neste caso, “não foram apuradas quaisquer condutas concretas que traduzam uma viciação do processo eleitoral”.

O reverter da decisão aconteceu horas depois de mais de 100 membros e apoiantes do Livre assumirem, num abaixo-assinado, discordar da “insensata” alteração aos cadernos eleitorais, apelando à intervenção do conselho de jurisdição. Os signatários consideraram a decisão “falta de respeito democrático” por um candidato — Francisco Paupério — e pelos eleitores que se inscreveram nas primárias do partido.

A votação para a segunda volta entre seis candidatos terá assim início esta quinta-feira.

O Livre restringiu na terça-feira o voto na segunda volta das primárias para as eleições europeias a apenas membros e apoiantes (ou seja, militantes ou inscritos no partido) por considerar que existiram “fortes indícios de viciação” do processo por cidadãos que não integram o partido.

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