Entre os amigos, davam-no por eterno. E nada nele o desmentia: o labor constante, o porte (nunca o vimos curvado), a voz jovialíssima, a memória sem desgastes visíveis. Até que, repartido entre o mundo dos vivos e o mundo dos livros, uns parcos quinze dias bastaram para o tirar do primeiro, deixando-nos como legado, no segundo, os passos da sua vida, memórias e sentimentos. Ensaísta, crítico literário, cronista, poeta, memorialista, diarista (assim o designou Teresa Martins Marques), Eugénio Lisboa morreu na madrugada de 9 de Abril, a 46 dias de completar 94 anos (nasceu em 25 de Maio de 1930 na antiga Lourenço Marques, hoje Maputo, em Moçambique).

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