Ó Instagram da @glucosegodess, a “deusa da glucose”, está cheio de gráficos. Neles, a bioquímica francesa Jessie Inchauspé relembra aos seus quatro milhões de seguidores que simples alterações na forma e sequência com que ingerimos os alimentos podem mudar drasticamente o resultado. Para Inchauspé, tudo se resume a picos de glucose e à sua queda subsequente. Foi no seu livro “A Revolução da Glicose” — Best-seller em mais de 40 países — que o mantra começou a ser divulgado. Agora, é no Instagram (ou num curso on-line de 2500 euros ou podcasts de vídeo). A deusa praticamente não impõe limitações ao que se come, mas, sim, à ordem em que se come. Estou a ver aqui um publicar com gráfico de 17 de março. Quatro bagas de uvas e dá-se um pico de glucose e um trambolhão (neste momento, os seus seguidores sabem que isto equivale a uma quebra de energia e a desejos de mais comida). Já se for uma fatia de queijo Camembert com as uvas a curva é achatada e mais prolongada no tempo — logo, não haverá “ataques de fome”, os tais desejos. Foi esta simplicidade que fez da francesa um fenómeno global. As propostas não são propriamente revolucionárias, mas, acima de tudo, os seus métodos não são punitivos. Muitas vezes, trata-se apenas de trocar a ordem ou mudar um alimento ou colocar vinagre (uma obsessão) de forma que se evitem os tais “picos de glucose”. Comer pasta e brócolos ou brócolos e depois pasta tem efeitos completamente diferentes em termos de “picos”. Ah, pois.

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