Durante uma visita à Papua Nova Guiné, aliada de longa data da Austrália com a qual a China tenta desenvolver laços, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, criticou o projeto de entrega de submarinos movidos com energia nuclear a Camberra, embora equipados com armas convencionais.

Para Pequim, a iniciativa é contrária ao Tratado do Pacífico Sul, que proíbe armas nucleares na região, e “representa sérios riscos de proliferação nuclear”, disse o chefe da diplomacia chinesa à imprensa após uma reunião com o seu homólogo, Justin Tkatchenko.
Nos últimos anos, a China tem tentado contrariar gradualmente a influência norte-americana e australiana no Pacífico Sul.
As ilhas da região representam pouca população, mas são ricas em recursos naturais e, sobretudo, estão inseridas em rotas marítimas geoestratégicas, algumas das quais vitais em caso de disputa militar envolvendo Taiwan.

Austrália, Reino Unido e EUA também indicaram em 9 de abril que estavam “a considerar a cooperação” com o Japão no âmbito da aliança AUKUS.
“A recente tentativa de incluir mais países numa iniciativa deste tipo, que só piora o confronto entre os blocos e provoca divisões, é completamente incompatível com as necessidades urgentes dos países insulares” do Pacífico, comentou Wang.

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