A construtora de automóveis elétricos norte-americana Tesla registou uma queda de 9% no volume de negócios no primeiro trimestre de 2024, em termos homólogos, o maior declínio desde 2012.

A apresentação de resultados teve lugar esta terça-feira, após o fecho dos mercados norte-americanos, e aponta para um volume de negócios de 21,3 mil milhões de dólares, contra os 23,33 mil milhões registados no mesmo período de 2023, e abaixo dos 22,15 mil milhões previstos pelos analistas.

Este recuo é apontado como uma consequência direta dos cortes de preços que a Tesla tem vindo a implementar em alguns dos seus modelos de carros elétricos, não apenas nos mercado norte-americano mas agora também nos mercados asiáticos, em especial na China, na tentativa de manter sua competitividade.

O lucro líquido caiu 55%, para 1,13 mil milhões de dólares, contra os 2,51 mil milhões registados no período homólogo de 2023, conforme reporta o canal CNBC.

Foto: Tesla

A queda nas vendas foi ainda mais acentuada, segundo a mesma fonte, do que o último declínio da empresa em 2020, então devido à interrupção da produção durante a pandemia.

A CNBC recorda que as ações da Tesla caíram mais de 40% este ano “devido às preocupações com as entregas fracas, com a concorrência na China e com os contínuos cortes de preços da empresa”. No início deste mês, a Tesla relatou um declínio anual de 8,5% nas entregas de veículos no primeiro trimestre.

Entretanto, a empresa disse, na apresentação de resultados, que está a acelerar o lançamento de “novos veículos, incluindo modelos mais acessíveis”, que “poderão ser produzidos nas mesmas linhas de montagem” já utilizadas pela marca. E foi ainda referido que a capacidade de produção deverá registar “um crescimento de mais de 50% em relação à produção de 2023”.

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