Os turistas britânicos estarão sujeitos a um programa de vigilância chocante nas Baleares, como parte da repressão ao turismo de massa.

A Espanha tem sido dominada por uma mania antiturística, à medida que os residentes locais ficam cada vez mais frustrados com o fluxo cada vez maior de visitantes estrangeiros.

No último sábado, mais de 100 mil pessoas marcharam pelas ruas de Tenerife, exigindo a mudança do atual modelo turístico.

Os protestos enviaram ondas de choque pelos corredores do poder, levando algumas autoridades locais a tomar medidas drásticas.

As autoridades de Maiorca decidiram monitorizar o número de turistas que visitam as suas praias deslumbrantes, espionando-as através dos seus telemóveis.

Sensores em telefones celulares ajudarão a monitorar o número de pessoas que visitam as praias.

As autoridades locais dizem que estão a recolher dados concretos sobre o número de turistas, para poderem planear melhor o futuro.

Eles não descartaram a possibilidade de impor regras e limitações mais rígidas ao número de visitantes, na medida em que procuram apaziguar os moradores locais irritados.

O teste começará em uma praia ainda sem nome antes de ser espalhado pelas ilhas.

Pensa-se que alguns locais potenciais sejam Es Trenc em Campos, Cala Varques em Manacor ou Caló des Moro em Santanyi.

Maiorca é um destino extremamente popular para os britânicos amantes do sol, com mais de 2,3 milhões de visitantes por ano.

No ano passado, os turistas britânicos foram alguns dos maiores gastadores em Espanha, gastando ainda mais dinheiro do que os alemães.

No entanto, os turistas estão a sentir-se cada vez menos bem-vindos, com pichações “Go Home” espalhadas em edifícios e estradas.

Os manifestantes em Tenerife insistiram que não tinham “fobia de turistas”, mas queriam realçar os danos que o turismo de massa estava a causar ao ambiente.

Eles também disseram que a proliferação de apartamentos de férias estava elevando o valor das propriedades, expulsando os residentes do mercado.

Muitos também alegaram que as empresas turísticas, como hotéis, bares e restaurantes, eram na sua maioria propriedade de entidades estrangeiras e não beneficiavam as comunidades locais.

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