Dois anos antes da Revolução dos Cravos, já se fazia fila à porta da Maçã, em Lisboa. Ana Salazar viajava para Londres e trazia o que por lá vestia, influenciada pelo movimento de Mary Quant ou pelo punk de Vivienne Westwood. Por cá, o país, escurecido por 40 anos de ditadura, fazia-se representar por um fato cinzento e gravata. “Mas já havia sede de coisas diferentes. Sentia-se a mudança no ar e a moda reflecte isso”, diz a criadora de moda ao PÚBLICO. Cumpriu-se Abril, cumpriu-se o desejo de libertação para os armários e o primeiro passo para o nascimento da moda de autor em Portugal.

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