No campo dos extremismos políticos, em 2023 assistiu-se a um agravamento desta ameaça, sobretudo no âmbito da extrema-direita, assinala o Relatório Anual de Segurança Interna de 2023. “Após um período de estagnação, as organizações tradicionais e os militantes dos sectores neonazi e identitário retomaram a sua actividade, promovendo acções de rua e outras iniciativas propagandísticas”, pode ler-se numa versão preliminar do documento, que alude também à criação de projectos e organizações por jovens “que estendem o alcance da mensagem extremista a uma nova geração com um perfil distinto”.

O crescimento da extrema-direita entre as gerações mais jovens “deveu-se, em grande parte, ao esforço desenvolvido na esfera virtual”, que se tornou assim o principal motor da radicalização” – tal como sucede, aliás, com os aceleracionistas, uma estranha mistura de neonazismo com marxismo que defende a aceleração do capitalismo com o objectivo de conduzir ao seu colapso.

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