Se, como reconhece Pedro Sobrado, o Museu Nacional Resistência e Liberdade que este sábado se inaugura em Peniche não acolhesse “tantas ambiguidades”, seria provável que o seu roteiro começasse pelo segundo piso do pavilhão C. Não é nesse espaço dedicado à exposição permanente, uma panorâmica geral da ditadura que criou a PIDE, a repressão e as cadeias para presos políticos, que a viagem se inicia. O mapa escolhe como princípio o andar acima, onde ficava a ala de alta segurança com as celas individuais. Em vez da compreensão do contexto, o novo museu nacional opta por um murro no estômago, onde se repercutem as “ambiguidades” de que fala ao PÚBLICO o presidente da empresa pública Museus e Monumentos de Portugal.

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