As viagens dos portugueses ao exterior atingiram em 2023 um “máximo histórico”, com um crescimento de 21,5% face ao ano anterior, e atingindo 3,2 milhões, segundo os dados publicados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Este recorde no número de viagens dos turistas nacionais ao estrangeiro reflete um aumento face a 2019, no período pré-pandémico, em que este valor se cifrou nos 3,1 milhões, e com um salto significativo face aos 2,657 milhões de 2022.
Segundo o INE, os serviços de “marcação prévia”, incluindo através de agências, foram a opção para 92,2% dos residentes que fizeram viagens para fora de Portugal em 2023, e também para cerca de 39% do total de deslocações efetuadas ao longo do ano, também em território nacional.
As viagens dentro da União Europeia representaram 79% das deslocações totais ao exterior, sendo Espanha, França e Itália os principais destinos de procura dos portugueses, e mantendo-se o alojamento particular gratuito (casa de familiares ou amigos) como o formato mais utilizado pelos turistas nacionais.
Região Centro foi o principal destino das viagens dentro do país
Ao todo, os portugueses realizaram no ano passado 23,7 milhões de viagens, num aumento de 4,6% face a 2022, representando as deslocações em território nacional 86,4% do total (cujo aumento anual foi de 2,4%).
A região Centro manteve a primeira posição, enquanto principal destino entre o total das viagens realizadas pelos residentes dentro do país, com um peso de 29,8%, seguida da região Norte, com 23,7%, e neste último caso com um crescimento de 2,4 pontos percentuais face ao ano anterior.
Os “hotéis e similares” concentraram 23,6% do total das dormidas dos turistas nacionais nas viagens realizadas em 2023, enquanto o alojamento “particular pago” assumiu um peso de 11%.
Em relação à procura dos portugueses, o INE destaca ainda que as viagens por motivos profissionais ou de negócios se cifraram em 1,7 milhões, registando “o maior decréscimo face ao período pré-pandémico”, de 15,5%, mas ainda assim com um aumento de 4,9% face a 2022.
