O Hamas anunciou que está a analisar a última contraproposta de Israel no sentido de alcançar um cessar-fogo, um dia depois de ter chegado a Israel uma delegação egípcia que pretende acelerar as negociações, noticiou o jornal The Guardian.

O chefe do braço político do Hamas, Khalil al-Hayya, disse ter “recebido a resposta oficial da ocupação sionista à posição do movimento”, que foi entregue aos medidores do Egito e do Qatar, a 13 de Abril.

Neste momento, o Hamas afirma estar a estudar a resposta, depois de ter insistido num cessar-fogo permanente, que Israel rejeita. Segundo informações avançadas pela al-Qahera News, ligada aos serviços secretos egípcios, deram-se “progressos visíveis na aproximação das opiniões das delegações egípcia e israelense”, no início de Abril. Dias depois, Israel e o Hamas acusaram-se mutuamente de minar as negociações.

Egipto, o Qatar e os EUA têm tentado, sem sucesso, selar um novo acordo de tréguas em Gaza, desde que conseguiram a interrupção dos combates, durante uma semana, em novembro de 2023, para que 80 reféns israelitas fossem trocados por 240 palestinianos detidos em prisões israelitas.

À medida que as negociações se arrastam, dezenas de pessoas morrem todos os dias em Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. As Nações Unidas avisaram que “os limiares da fome em Gaza serão ultrapassados nas próximas seis semanas”, caso não chegue ajuda alimentar maciça, e a situação pode mesmo agravar-se se Israel fizer, como pretende, uma nova investida contra os grupos do Hamas, que permanecem em Rafah.

Junto à fronteira com o Egipto estão centenas de milhares de palestinianos, devido à guerra que dura há sete meses.

Os bombardeamentos mataram 12 pessoas, na passada noite de sexta-feira, segundo informações hospitalares. Foi morta uma família inteira, adiantou o “The Guardian”. Mas nos escombros podem estar mais vítimas.

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