Ataques russos causaram hoje dois mortos e seis feridos em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, anunciou o governador regional, Oleg Syniehubov.

“De acordo com as primeiras informações, duas pessoas morreram e seis ficaram feridas em ataques contra Kharkiv”, escreveu Syniehubov nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.

O governador já tinha anunciado antes que as forças russas tinham atacado a cidade do nordeste da Ucrânia com “bombas aéreas guiadas”.

Kharkiv, uma cidade com mais de 1,4 milhões de habitantes antes da guerra situada perto da fronteira com a Rússia, tem sido cada vez mais visada pelas forças de Moscovo nas últimas semanas.

Os ataques destruíram as infraestruturas elétricas em particular, obrigando as autoridades a impor restrições no acesso à eletricidade.

“As condições de vida tornaram-se cada vez mais desconfortáveis”, disse o médico de Kharkiv Oleksandre Volkov, citado hoje num comunicado do Comité Internacional de Resgate (IRC).

O médico disse que há uma “deterioração significativa” das condições de vida na cidade, relativamente à situação de há seis meses.

“Muitas zonas não têm acesso à eletricidade”, lamentou, referindo que o acesso à água também é limitado em alguns edifícios.

Segundo o médico, muitos habitantes estão a sofrer de ansiedade face ao “risco constante de bombardeamento”.

No início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia tentou conquistar a região de Kharkiv, mas o exército russo encontrou resistência e foi obrigado a recuar alguns meses depois, no outono.

O fracasso da contraofensiva lançada pela Ucrânia no verão de 2023 permitiu ao exército russo tomar a iniciativa em várias frentes, incluindo na região de Kharkiv.

A Ucrânia tem criticado os aliados ocidentais por hesitações e atrasos no fornecimento de armamento, que terão contribuído, na ótica de Kiev, para o insucesso da contraofensiva.

As forças ucranianas aguardam agora a entrega de armamento e munições, sobretudo depois de o Congresso norte-americano ter desbloqueado recentemente uma ajuda de 61 mil milhões de dólares (56,8 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

A ajuda estava a ser tratava pelos republicano, adversários da administração democrata do Presidente Joe Biden.

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