O mês de abril trouxe duas mudanças importantes nos mercados. Após ganhos registados em três meses consecutivos, o mercado mundial de ações quebrou. O índice mundial bolsista MSCI perdeu 3,4%, com destaque para as quebras de 4,2% em Nova Iorque, 4% no conjunto das praças da América Latina e 3,9% nas bolsas das economias desenvolvidas da zona euro.

A segunda alteração, com impacto na evolução da inflação, foi o disparo em abril das cotações dos metais, com subidas de dois dígitos no zinco, níquel, cobre e alumínio. O ouro, encarado como um ativo seguro de refúgio, viu a cotação atingir um máximo de quase 2450 dólares por onça. No mercado do gás natural, outra componente com impacto na inflação, o preço da referência europeia (TTF, negociado nos Países Baixos) subiu 6% e o norte-americano aumentou 10,8%. Os futuros do gás natural TTF apontam para uma subida dos atuais 29,12 euros por megawatt/hora para 35,59 euros em dezembro.

O disparo pontual na tensão entre Israel e Irão, as ameaças potenciais no estreito de Ormuz por parte de Teerão, a ampliação das sanções impostas pelo London Market Exchange e pelo Chicago Mercantile Exchange em relação aos metais russos, e a incerteza sobre a estratégia de descida dos juros até final do ano por parte da Reserva Federal norte-americana agitaram em abril os mercados.

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