Os punks têm muito a agradecer a “Tales of Topographic Oceans”, álbum duplo que os Yes lançaram em 1973; os “excessos” do rock progressivo atingiram, nesse disco, o seu zénite, com letras incompreensíveis e teológicas (fruto do interesse de Jon Anderson no guru Paramahansa Yogananda), sinfonias misturadas com padrões folk e longas passagens instrumentais que demoravam a chegar ao clímax (num dos concertos da digressão em torno do disco, o ex-teclista Rick Wakeman, um dos seus primeiros críticos, chegou mesmo a parar durante o espetáculo para comer um belo caril enquanto os colegas continuavam a tocar). “Excessos” que levaram quem à altura gostava de rock a distanciar-se do chamado “progressivo” e a voltar ao básico: três acordes e a verdade.

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