A Berkshire Hathaway, empresa do bilionário Warren Buffet, registou uma caixa recorde, escreve o “Financial Times”. A empresa acumulou 189 mil milhões de dólares em caixa no primeiro trimestre de 2024, em parte graças a Buffet se ter desfeito de algumas das suas ações, incluindo na Apple.

Segundo o jornal britânico, estes valores de caixa mostram que o dinheiro se tem vindo a acumular sem haver novos investimentos à vista por parte da empresa.

A empresa revelou no sábado que vendeu pouco menos de 20 mil milhões de dólares em ações nos primeiros três meses do ano, comprando apenas 2,7 mil milhões de dólares no mesmo período. Como resultado, o valor da sua carteira de ações caiu para 336 mil milhões de dólares, face aos 354 mil milhões de dólares no final de 2023.

O documento, divulgado este sábado aos mercados, mostra que a Berkshire vendeu uma parte significativa da sua participação na Apple. No final do período em análise, a sua posição na fabricante de iPhones valia 135,4 mil milhões de dólares, enquanto no final de 2023 valia 174,3 mil milhões.

Os números são divulgados no momento em que os acionistas da Berkshire se reúnem em Omaha, Nebraska, para a reunião anual da empresa.

A Berkshire reportou ainda que os seus lucros operacionais cresceram 39% no primeiro trimestre, a nível homólogo, para 11,2 mil milhões de dólares.

Apesar da caixa recorde e do crescimento nos lucros operacionais, o lucro líquido (o lucro ‘real’) caiu 64%, para 12,7 mil milhões de dólares. Contudo, importa realçar que Warren Buffet não desencoraja os seus acionistas de confiarem nos números do rendimento líquido da empresa – diz que são “sem sentido” – uma vez que são afetados pelas oscilações no valor da sua carteira de ações de trimestre para trimestre.

Desde o início do ano as ações da Berkshire subiram 11%, ultrapassando o retorno total de 8% do S&P 500. A Berkshire não paga dividendos desde a década de 1960, escreve o jornal.

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