Nova Delhi:
Os protestos estudantis contra o ataque militar israelita a Gaza, após o ataque sem precedentes de 7 de Outubro do Hamas a Israel, espalharam-se por vários países.
Aqui está um resumo das principais campanhas.
Protestos pró-palestinos nos EUA
Os manifestantes reuniram-se em pelo menos 40 campi universitários dos EUA desde 17 de abril, muitas vezes erguendo acampamentos para protestar contra o crescente número de mortes na Faixa de Gaza.
Quase 2.000 pessoas foram detidas, segundo a imprensa norte-americana, em manifestações que lembram os protestos contra a Guerra do Vietname.
Nos últimos dias, a polícia desmantelou à força vários protestos estudantis, incluindo um na Universidade de Nova Iorque, a pedido dos seus administradores.
Os manifestantes barricados dentro da Universidade de Columbia, o epicentro dos protestos estudantis em Nova York, reclamaram da brutalidade policial quando os policiais liberaram o corpo docente.
Na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, centenas de policiais esvaziaram um acampamento, derrubando barreiras e detendo mais de 200 manifestantes.
Dezenas de policiais com equipamento de choque usaram sprays químicos para desmantelar um acampamento pró-palestino na Universidade da Virgínia, informou o jornal estudantil The Cavalier Daily.
Os policiais arrancaram guarda-chuvas que alguns manifestantes usavam como escudos, brigaram com alguns e derrubaram tendas, de acordo com um vídeo postado pelo jornal.
A Universidade Brown, em Rhode Island, chegou a um acordo com os estudantes para remover o seu acampamento do terreno em troca de considerarem desinvestir em “empresas que permitem e lucram com o genocídio em Gaza”.
O presidente Joe Biden quebrou o silêncio sobre os protestos na quinta-feira, insistindo que “a ordem deve prevalecer”.
Manifestantes pró-palestinos na França
A polícia evacuou à força na sexta-feira manifestantes de um protesto pró-Gaza na Sciences Po, em Paris, a principal escola de ciências políticas do país.
Autoridades disseram que 91 pessoas foram presas.
O administrador interino da Sciences Po, Jean Basseres, rejeitou uma exigência dos estudantes para examinar as ligações da instituição com universidades israelenses.
Fora da vizinha Universidade Sorbonne, a União dos Estudantes Judeus na França montou uma “mesa de diálogo” na sexta-feira.
“Os estudantes judeus têm o seu lugar neste diálogo”, disse Joann Sfar, uma artista de banda desenhada convidada como oradora.
Ele disse que entendia por que os estudantes estavam “indignados com o que está acontecendo no Oriente Médio”.
Na Universidade Paris-Dauphine, os administradores proibiram uma conferência envolvendo Rima Hassan, uma especialista franco-palestina em direito internacional que tem sido veemente na condenação do “genocídio” em Gaza.
A proibição, introduzida com base no risco de desordem pública, foi anulada pelas autoridades judiciais.
O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou no sábado os bloqueios universitários na Sciences Po e em outras universidades francesas que “impediram o debate”.
Protestos anti-Israel na Alemanha
A polícia interveio na sexta-feira para evacuar os manifestantes do lado de fora da Universidade Humboldt, no centro de Berlim.
Vários manifestantes foram removidos “à força” após se recusarem a mudar para outro local, disse a polícia.
O prefeito de Berlim, Kai Wegner, criticou o protesto, dizendo no X, antigo Twitter, que a cidade não queria ver eventos como os dos Estados Unidos ou da França.
Estudantes protestam no Canadá
Os estudantes protestaram contra a guerra em Gaza em várias cidades, incluindo Montreal, Ottawa, Toronto e Vancouver.
Centenas de manifestantes juntaram-se ao primeiro e maior acampamento, na Universidade McGill de Montreal, face às ameaças de autorização policial.
Eles prometeram permanecer lá até que McGill corte todos os laços financeiros e acadêmicos com Israel.
Os administradores da universidade disseram na quarta-feira que queriam que o campo fosse removido imediatamente, alegando que certos manifestantes não eram membros do corpo estudantil.
Sit-in pró-Gaza na Austrália
Centenas de apoiadores rivais de Gaza e Israel se enfrentaram na Universidade de Sydney na sexta-feira, gritando slogans e agitando bandeiras.
Exceto por algumas discussões acaloradas, o protesto e o contraprotesto transcorreram pacificamente.
Os manifestantes pró-cessar-fogo estão acampados há 10 dias num gramado verde em frente à universidade. Querem que corte os laços com as instituições israelitas e rejeite o financiamento das empresas de armamento.
Protestos pró-palestinos na Irlanda
Estudantes do Trinity College Dublin University iniciaram uma manifestação na sexta-feira, descrevendo o protesto como um “acampamento de solidariedade com a Palestina”.
Estudantes protestam no México
Dezenas de estudantes da maior universidade do país, a UNAM, montaram acampamento na capital na quinta-feira, gritando “Palestina Livre” e “Do rio ao mar, a Palestina vencerá”.
Querem que o governo mexicano corte todos os laços com Israel.
Estudantes na Suíça exigem cessar-fogo em Gaza
Cerca de 100 estudantes ocupam desde quinta-feira a entrada de um edifício da Universidade de Lausanne, apelando a um boicote académico a Israel e a um cessar-fogo imediato em Gaza.
A manifestação pacífica deve continuar até segunda-feira.
(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)
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