PEnsinar no Inter Miami é fazê-lo em Leo Messi, David Beckham ou nos proprietários Jorge e José Mas, mas por trás deles há um homem que está aproveitando ao máximo a loucura global que existe pelo time que veste rosa. Xavier Asensi é o diretor-geral do clube com maior crescimento económico e mediático no último ano. Este ano espera faturar pelo menos 200 milhões de dólares.

“Com a chegada de Messi, passamos de um orçamento de pouco mais de 60 milhões para acabarmos faturando cerca de 125 ou 130. Este ano espero que possamos faturar cerca de 200 milhões de dólares ou mais. estádio temporário”, diz Asensi à EFE.

Este crescimento exponencial dos números económicos provém, em parte, de acordos com grandes empresas internacionais que vincularam a sua imagem à do Inter Miami. A última foi com uma gigante internacional como a Visa.

“Estamos muito felizes com esse patrocínio, não é só uma questão de quantidade, mas de qualidade. Procuramos esses ‘parceiros’ que nos levarão a outro patamar e obviamente também estão o ‘Royal Caribbean’ e o ‘JPMorgan Chase ‘”, explica Xavier Asensi.

Pergunta: As marcas estão mais próximas desde que Messi chegou ao clube?

Responder: Leo leva você a outro nível. Mas também os níveis de exigência que se pede aos “parceiros” são diferentes. Estamos muito felizes com a forma como estamos, muito orgulhosos da equipe e de todo o trabalho que está sendo feito. Resta continuar melhorando.

Messi leva você a outro nível

P: Falando em números, quanto aumentaram as vendas desde a chegada de Messi?

R: Passámos de um orçamento de pouco mais de sessenta milhões para acabarmos por faturar cerca de 125 ou 130. Este ano espero que acabemos por faturar cerca de 200 milhões de dólares ou mais. Uma indignação com fase temporária.

P: Conte-me sobre as dificuldades, porque elas também dirão não a muitos potenciais patrocinadores.

R: Não é que tenhamos que dizer não muitas vezes, mas que sabemos humildemente o que somos e o que procuramos e, portanto, quando nos chegam determinados pedidos, se não se enquadram no que queremos ser, é é muito orgânico dizer não.

P: O time fez uma turnê mais típica de grandes clubes europeus do que de um time da MLS. O Inter Miami enfrenta os grandes clubes europeus em termos de interesse global?

R: É exatamente assim. Estou no Bara há onze anos, fui CCO lá, também com o Leo. O que o Inter Miami pode ganhar em uma turnê de pré-temporada está acima do que um clube de futebol profissional já ganhou.

Há vários factores aqui, como o facto de os grandes clubes europeus poderem fazer as suas digressões ao mesmo tempo, que é no verão. Podemos fazê-los quando ninguém nesse nível pode fazê-los, o que acontece em janeiro ou fevereiro. Isso é para o Leo, obviamente tentamos apoiá-lo nesse sentido e adaptar a estrutura para que isso aconteça, mas 80% de zero é zero. Se Messi não estivesse lá, aquilo de que estamos falando não existiria.

O que o Inter Miami pode ganhar em uma turnê de pré-temporada está acima do que um clube de futebol profissional já ganhou.

P: Antes de Messi, Beckham também abriu muitas portas?

R: Sim, mas ele não joga. Em outro nível de influência, nosso proprietário Jorge Más também. Claro que tudo ajuda, mas estamos falando do melhor jogador de todos os tempos. É como poder dizer que você viu Tiger Woods jogar, ou Michael Phelps nadar, ou Usain Bolt correr, ou assistir Michael Jordan ou Tom Brady. Somos contemporâneos de algo que está acontecendo aqui e agora. Todo fim de semana os Estados Unidos o colocam jogando em sua liga profissional. Estamos falando do maior de todos os tempos, que está ativo e jogando.

Ter Messi na sua Liga é como poder dizer que viu Tiger Woods jogar, ou Michael Phelps nadar, ou Usain Bolt correr, ou ver Michael Jordan ou Tom Brady

P: Conte-me sobre a loucura que eles fazem neste estádio todo fim de semana. Como estão organizados para atender todas as ‘celebridades’ que querem ver Messi jogar?

R: É uma loucura e é possível porque existem profissionais muito bons que se encarregam de organizar todos esses pedidos e ordená-los. Imagine neste fim de semana com a Fórmula 1 o pessoal que teremos aqui.

Uma das coisas mais importantes em qualquer organização é o talento, se há gente boa as coisas fluem e a partir daí um dos meus objetivos como diretor executivo do clube é que estejamos munidos disso. Com isso, mesmo que surjam coisas complicadas, você poderá enfrentá-las com a tranquilidade de estar com os melhores. O nível de solicitações que chegam é realmente louco.

P: Alguma visita muito importante que lhe chamou a atenção quando viu a petição?

R: Usain Bolt já veio mais de uma vez, foi impressionante. De LeBron James a tudo o que aconteceu aqui. É fascinante e ao mesmo tempo motivo de orgulho, é maravilhoso poder vivenciar isso novamente em primeira pessoa.

Xavier Asensi, diretor geral do Inter Miami: "Messi leva você a outro nível"

P: O novo estádio será em 2025. Qual o impacto que isso terá no seu modelo de negócio?

R: Estamos falando do projeto mais emocionante da indústria esportiva. Obviamente não sou objetivo, mas procuro analisar de forma neutra. Estamos falando do estádio, de um bairro inteiro, do maior parque aberto da cidade de Miami. Agora a Copa América, o Mundial de Clubes no ano que vem, o Mundial de Futebol no ano seguinte, espero que o Mundial feminino também em 2027…

Em termos de tempo continuamos com 2025, mas é para jogar a próxima temporada, é espetacular. É algo muito maior, próximo ao aeroporto, então será a última e primeira coisa que as pessoas verão ao sair ou chegar em Miami.



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