O exército israelita pediu esta segunda-feira aos habitantes de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para se deslocarem para “zonas humanitárias”. “O exército está a encorajar os residentes da parte oriental de Rafah a deslocarem-se para as zonas humanitárias alargadas”, declarou, em comunicado.

A ONU estimou que cerca de 1,2 milhões de pessoas, a maior parte delas deslocadas pelos combates, estão em Rafah, zona contra a qual Israel insiste há meses que tenciona levar a cabo uma ofensiva militar de grande envergadura.

O exército israelita garantiu que a operação de retirada dos habitantes da parte oriental da cidade de Rafah, era temporária e “de âmbito limitado”.

“Iniciámos uma operação de escala limitada para retirar temporariamente as pessoas que vivem na parte oriental de Rafah”, disse um porta-voz do exército numa conferência de imprensa, repetindo: “Esta é uma operação de escala limitada”.

Segundo escreve a Associated Press, o tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz do exército, disse que cerca de 100 mil pessoas estavam a receber ordens para se deslocarem para a zona de al-Mawasi. Apesar da sua designação como zona segura pelos militares israelitas, al-Mawasi não foi poupada à violência nos últimos meses.

Shoshani repetiu as palavras do comunicado e disse que Israel estava a preparar uma “operação de alcance limitado”, sem avançar se este era o início de uma invasão mais ampla da cidade.

O pedido das forças de Israel surge horas depois de o Hamas disparar pelo menos dez foguetes na direcção da zona do posto fronteiriço de Kerem Shalom (Karam Abu Salem), um ataque que matou três soldados e feriu onze, e que as IDF dizem ter sido lançado de Rafah, de uma área a pouca distância da fronteira com o Egipto e a 350 metros de um abrigo para civis.

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