Mário Soares foi denunciado por crime de traição à pátria pela sua participação no processo de descolonização. “Soares não acreditava que fosse possível democratizar Portugal sem descolonizar rapidamente”, escreve o investigador (Iscte-IUL) Bruno Cardoso Reis, em 2017. Provavelmente tinha toda a razão. O papel histórico que desempenhou nesse contexto valeu-lhe o ódio de muita gente, designadamente de algumas pessoas que se sentiram injustiçadas por terem de abandonar os seus bens nas colónias portuguesas de onde tiveram de fugir, em alguns casos à pressa e sem possibilidade de conservarem o que viam como produto do seu trabalho.

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