Cerca de uma hora de atraso não desanimou a sala lotada do Centro Cultural de Belém (CBB) que aguardava a presença do cabeça de lista da AD às eleições europeias. A chegada de Sebastião Bugalho levantou a plateia que incluía vários nomes do Governo – como Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros ou José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas – e atuais e antigos membros históricos do PSD, como Francisco Pinto Balsemão cuja presença foi uma “surpresa” para o candidato e a quem dedicou os primeiros minutos da sua intervenção. A primeira fila ficou reservada para os três representantes da coligação que forma a AD: Luís Montenegro (PSD), Nuno Melo (CDS) e Gonçalo da Câmara Pereira (PPM) que se manteve fora dos holofotes mediáticos durante toda a campanha eleitoral para as legislativas e até desde que o Governo PSD-CDS tomou posse.

Já dentro do discurso virado para o Europa, Bugalho elogiou o pacto europeu de Migração e Asilo, mas defendeu ser preciso “mais”. O candidato da AD definiu como prioridade reforçar “mecanismos de imigração legal” para garantir que a imigração ilegal “não triunfa”. “É impossível combater a imigração ilegal sem levar a imigração legal a sério”disse. Contudo, não concretizou de que forma este reforço se deveria materializar. No programa eleitoral, conhecido esta quinta-feira, dia 9, minutos antes de o candidato discursar, há apenas uma medida neste tema que prevê a criação de “condições” para “assegurar o respeito integral e o acesso tempestivo ao direito de asilo, combater a imigração irregular e o tráfico de pessoas e garantir a defesa das fronteiras externas da EU”.

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