1962-2024 Músico e engenheiro de som americano — não gostava da palavra “produtor” porque um produtor tende a imiscuir-se demasiado no processo de gravação de um álbum e Steve Albini acreditava que não era esse o seu papel, e sim o das próprias bandas com quem colaborava. Daí definir-se, sempre, como “engenheiro de som”, recusando até receber qualquer percentagem de royalties sobre o seu trabalho que tinha um custo fixo. O mundo rock conhece-o sobretudo pelo papel que teve em “In Utero”, último álbum de originais que os Nirvana lançaram em 1993, mas os créditos de Albini são vastos: Pixies, PJ Harvey, The Breeders, Mogwai, Godspeed You! Black Emperor ou Joanna Newsom foram alguns dos nomes que passaram pelos seus estúdios, em Chicago. Longe do equipamento de gravação — sempre, sempre analógico —, Albini era também conhecido por ter formado os Big Black, nome inescapável do pós-punk norte-americano e grande influência para o rock industrial, e os Shellac, trio de rock minimalista que era a “banda residente” do festival Primavera Sound e que se preparava para lançar o seu sexto álbum, “To All Trains”, este mês. “Mudou a minha vida, e a de tantos outros, para melhor”, escreveu Dylan Baldi, dos indie rockers Cloud Nothings, nas redes sociais. Dia 8, de ataque cardíaco. PAC

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