Cerca de 27 jovens de Visakhapatnam e arredores que foram traficados para o Camboja regressaram à cidade na sexta-feira, disse um alto responsável da polícia.
O Comissário Conjunto de Polícia de Visakhapatnam, Fakkeerappa Kaginelli, disse que um lote de 10 repatriados chegou ao aeroporto da cidade portuária às 17h30 e outro lote de 15 estava programado para chegar à cidade no final do dia.
“Mais dois repatriados fizeram os seus próprios preparativos para virem através de Singapura”, disse Kaginelli à PTI, acrescentando que 27 das 58 pessoas resgatadas pertenciam ao estado do sul.
De acordo com o principal oficial da polícia, as coisas começaram a caminhar numa direção positiva depois que a polícia municipal deu a notícia do tráfico de pessoas no dia 18 de maio.
A polícia prendeu três pessoas acusadas de tráfico de seres humanos por atrair mais de 150 jovens da cidade e arredores, prometendo empregos no país do Sudeste Asiático. Mas, na realidade, foram traficados para serem vendidos a operadores chineses no Camboja, onde foram torturados e confinados a trabalhar em salas escuras para cometer crimes cibernéticos e esquemas Ponzi.
Kanginelli observou que os jovens traficados “revoltaram-se” contra os seus manipuladores no Camboja e isto levou à detenção de mais de 300 indianos pelas autoridades locais.
Eles (os jovens) “revoltaram-se” em Jinbei e Compound, Sihanoukvile, Camboja, que é alegadamente um centro de crimes cibernéticos. Este ato funcionou a seu favor e colocou vários departamentos importantes do governo indiano em ação para trabalhar pela sua libertação, incluindo o Ministério das Relações Exteriores (MEA).
Kaginelli disse que o MEA abriu uma sala de controlo, criou linhas de apoio e também designou oficiais especiais para procederem através dos canais diplomáticos à libertação dos jovens traficados.
Mais nove famílias contactaram a polícia municipal para repatriar os seus filhos, disse ele, e acrescentou que quase mais 100 pessoas presas terão de ser contactadas, identificadas e repatriadas para Vizag.
