Ós debates das eleições europeias têm dedicado pouco tempo às questões económicas. É natural, pois o Parlamento Europeu não controla um orçamento que lhe permita fazer grandes políticas económicas com manchetes nos jornais. Para além disso, para ouvir pela enésima vez os suspeitos do costume proporem que se abandone o euro (sem nunca dizerem como ou quando), ou os bitaites e teorias da conspiração sobre como o “euro foi uma prenda à Alemanha”, ou que o BCE apoia “bancos contra famílias”, preferia que não falassem de todo de economia. No entanto, estes eurodeputados vão todos os meses votar decisões ou escrever relatórios que, contando pouco cada um, na sua soma, irão acabar por fazer diferença para o nosso mercado comum. Para além disso, estando no órgão político eleito da União, eles irão refletir e influenciar as grandes prioridades ideológicas das políticas económicas europeias.
