Home Entretenimento Campanha na Madeira a terminar: o que esperar na segunda-feira?

Campanha na Madeira a terminar: o que esperar na segunda-feira?

Os madeirenses vão ser chamados de novo a ir às urnas escolher um governo regional. Nunca o PSD esteve nunca situação tão complicada, mas isso não quer dizer que seja desta vez que os sociais-democratas perdem o controlo do arquipélago. Os cenários são para segunda-feira, para o dia depois de se saber qual o novo quadro parlamentar na região, mas a questão esteve presente durante toda a campanha: sem uma maioria absoluta, que condições haverá para formar governo e gerir a Madeira nos próximos tempo? O programa de governo e o orçamento passam ou haverá novas eleições dentro de seis meses?

O mais provável é o PSD voltar a ser o partido mais votadomas sem conseguir os 24 deputados que permitem governar sozinho. Aliás, como já tinha acontecido nas regionais de 2023, quando Miguel Albuquerque ficou a um deputado da maioria, acabando suportado pelo PAN. Face ao tumulto que levou à demissão do presidente do Governo Regional, com a investigação judicial, bem como à erosão provocada por 48 anos de poder laranja, a maioria absoluta parece fora de questão.

Sem dinheiro para uma campanha à moda do PSD-Madeira – com comícios em todos os concelhos – Miguel Albuquerque recorreu ao porta-à-porta. Sem nunca o referir, fica sempre implícito nas campanha da Madeira o receio de muitos perderem cargos, empregos ou contratos com os sociais-democratas fora da Quinta Vigia.

Neste último dia, a arruada e o único comício da campanha encheu e, no palco, o líder piscou o olho ao eleitorado mais próximo do Chega: os polícias, os taxistas, os ex-combatentes, mas sobretudo não esqueceu os militantes que não votaram nele nas internas.

Ainda assim, o esforço não deve chegar para o número mágico: 24 mandatos. E toda a oposição já fez saber que não irá entrar em acordos com o PSDsejam de governo, sejam parlamentares. Uma coisa são acordos, outra, muito diferente é dizer que não viabilizam um governo. Depois de ser indigitado e tomar posse, o próximo executivo regional terá de levar ao Parlamento um programa de governo que, de acordo com o Estatuto Político Administrativo, é acompanhado por uma moção de confiança, ao contrário do que acontece com o Governo da República.

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