Mísseis russos atingiram uma loja de grande superfície em Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, este sábado, matando pelo menos duas pessoas e deixando mais de 30 feridos, segundo as autoridades locais.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que mais de 200 pessoas poderiam estar neste estabelecimento, uma loja de uma cadeia especializada em bricolagema um sábado, dizendo que o ataque “é mais uma manifestação da loucura russa”. “Só loucos como [o Presidente russo, Vladimir] Putin são capazes de matar e aterrorizar pessoas desta forma”, acrescentou, citado pela BBC.
Os mísseis provocaram um grande incêndio que destruiu grande parte da loja, localizada nos arredores da zona norte de Kharkiv. O autarca da cidade, Ihor Terekhov, disse que muitas pessoas permanecem desaparecidas e descreveu o ataque como “terrorismo puro”.
A Rússia lançou outro ataque brutal à nossa Kharkiv – a um hipermercado de construção, no sábado, mesmo a meio do dia.
Até agora, acredita-se que mais de 200 pessoas estiveram no hipermercado. Todos os serviços de emergência já estão no local e prestando… pic.twitter.com/9ItlGHkkEY
– Volodymyr Zelenskyy / ????????? ????????? (@ZelenskyyUa) 25 de maio de 2024
Segundo o governador da província de Kharkiv, Oleh Syniehubov, o ataque foi causado por dois mísseis guiados disparados pela Rússia.
Kharkiv, cidade que na primeira fase da invasão russa já tinha sido amplamente atacada pelas forças russas, tem sido alvo de ataques muito intensos nos últimos meses. Há duas semanas, a Rússia abriu uma nova frente de batalha depois de conseguir penetrar pela fronteira Norte da Ucrânia.
Desde então, as forças russas conseguiram avançar no terreno e ocuparam várias pequenas localidades próximas da fronteira e, neste momento, combatem com o Exército ucraniano pelo controlo da cidade de Vovchansk. O objectivo de Moscovo é a criação de uma zona tampão no Norte da Ucrânia para manter as regiões mais próximas da fronteira a salvo de ataques ucranianos.
Zelensky tem criticado a inacção dos seus parceiros ocidentais pelos atrasos e hesitações no envio de armamento para apoiar o Exército ucraniano, que enfrenta uma grande escassez de munições. Outra das críticas apontadas pelo Presidente ucraniano tem sido a recusa por parte dos EUA e de outros aliados de permitir que as armas fornecidas sejam usadas para atingir alvos em território russo.