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Já é hora de negociar? Pode a Ucrânia perder território? "Zelensky tem a decisão mais difícil do mundo a tomar"

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“É certamente verdade que a Ucrânia não pode marchar até Moscovo e derrubar Putin. Putin também não tem capacidade para ocupar e controlar toda a Ucrânia. Mas as guerras raramente terminam em vitória total ou em derrota total, como na II Guerra Mundial”. Quando David Stone, do Departamento de Estratégia e Política na Escola de Guerra Naval, dos EUA, o afirma, em declarações ao Expressofaz questão de dizer que se trata da sua opinião, não refletindo “qualquer posição do Governo dos EUA”.

O que Stone defende é que, “a um dado momento, a guerra terminará quando ambos os lados concordarem com as condições em que terminará”, mas também realça que a Rússia ainda não apresentou uma “proposta realista para um acordo”.

Há dias, também Walter Dorn, professor de Estudos de Defesa na Canadian Forces College, em Toronto, salientou que “o fim da guerra terá de ser negociado”já que “nenhum dos lados terá uma vitória militar que lhe permita impor unilateralmente a paz”.

E William Alberque, diretor de Estratégia, Tecnologia e Controlo de Armas do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, em Berlim, apontou que a ofensiva russa em Kharkiv serve “para melhorar a sua posição negocial em caso de negociações, bem como para desmoralizar os apoiantes da Ucrânia”.

Aproveitando a sua vantagem numérica e a lentidão do Ocidente no fornecimento de defesa aérea e munições, as forças russas lançaram uma ofensiva na região de Kharkiv, no nordeste do país, há mais de duas semanas. Kharkiv, que, como lembra o jornal “O guardião”está mais perto da fronteira russa do que Londres está de Oxford, está a ser atacada com mísseis, drones e bombas, mas os analistas militares acreditam que o objetivo da Rússia é ampliar a linha da frente, de cerca de 1000 quilómetros. Essa manobra de diversão desviaria tropas ucranianas para Kharkiv, ao mesmo tempo que as tropas de Moscovo se lançariam sobre o leste do país, em Donetsk e Luhansk.

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