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Minuto Consumidor: jejum intermitente resulta? E faz bem à saúde?

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O jejum intermitente é a ausência do consumo de alimentos durante um certo período de tempo. É uma forma de dieta que começou a ser mais conhecida e praticada nos últimos anos, embora os estudos quanto à sua eficácia e benefícios para a saúde humana, sejam ainda escassos.

A forma mais conhecida de fazer jejum intermitente é ficar um certo número de horas sem comer e nas restantes, comer sem restrições, sempre com o objetivo – habitual – de perder peso. De maneira a respeitar o jejum, apenas se deve beber bebidas sem qualquer valor energético, como a água. Mas existem diferentes formas de se fazer jejum:

  • Jejum de um dia completo (24 horas) de forma alternada;
  • Jejum de regime modificado, quando durante dois dias da semana se consome apenas 20% das calorias necessárias para um dia: cerca de 1500 kcal;
  • Jejum de restrição de tempo, quando se está um determinado número de horas sem se comer num dia (8h,12h,16h ou 20h).

A última opção de jejum é a mais comum e normalmente as horas de jejum são impostas durante a noite e a manhã, concentrando as refeições das 12h às 20h.

O jejum intermitente tem como objetivo a redução do peso, objetivo que é possível alcançar, uma vez há uma diminuição do número de refeições possíveis e por isso é induzido “um estado de déficit calórico (a pessoa gasta mais energia do que consume), que consequentemente levará à perda de peso, se a pessoa conseguir aderir a este padrão por um tempo suficiente”, como explica ao Expresso o nutricionista Rui Amaro.

Apesar de haver poucas conclusões científicas dedicadas a esta matéria, Rui Amaro defende que “se a dieta for bem desenhada, não existem grandes implicações para a população geral saudável”. Mas as cautelas, como acontece nas dietas mais tradicionais, devem ser salvaguardadas.

Não está provado que o jejum é mais eficaz do que a dieta dita “tradicional” de redução calórica. Certo é que, de acordo com o especialista, se for feita de forma monitorizada e optando por alimentos saudáveis, uma dieta de restrições calóricas pode ser benéfica para a saúde.

No caso do jejum intermitente, o nutricionista explica que a eficácia não é universal, irá sempre ter um aspeto muito pessoal “seja pelo fator prático (menos refeições significa menos trabalho), seja pelo aspeto de terem menos oportunidades de errar nas opções que deveriam fazer, ou por um menor apetite”.

Na opinião dos especialistas em consumo da Protestos DECOé difícil ter certezas quanto aos impactos do jejum intermitente na saúde humana, uma vez que a maioria dos resultados de estudo realizados são “referentes a animais” ou, no caso dos estudos feitos em humanos, têm um “número reduzido de participantes ou sem um grupo de controlo”, para além de ainda não haver resultados a longo prazo.

Ainda assim, não desaconselham o jejum intermitente. Ressalvam apenas que é preciso ter cuidado com o jejum radical, especialmente quando é feito por mais de 24h, uma vez que “a perda de peso é rápida, mas com ela podem surgir anemias e destruição ao nível muscular, incluindo-se o músculo cardíaco”. Os especialistas recomendam que, tal como nas restantes dietas, o acompanhamento médico deva ser obrigatório .

O “Minuto Consumidor” é um projeto onde procuramos, todas as semanas, responder às suas dúvidas. Para acompanhar no Expresso Online e na antena da SIC Noticias, com o apoio da DECO PROteste. Saber é poder! Junte-se à comunidade de simpatizantes da DECO PROteste em DECO Proteste simpatizantes

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