Sirenes de alerta para um ataque aéreo foram ouvidas no centro de Israel, inclusive em Telavive, depois de o Hamas ter afirmado que disparara uma salva de mísseis a partir de Gaza. É a primeira vez em meses que as sirenes soam na parte central de Israel, de acordo com a PA.
Os guerrilheiros do Hamas têm disparado projéteis contra comunidades nos arredores de Gaza, ao longo dos mais de sete meses de guerra. No entanto, já não disparavam mísseis de longo alcance há meses. O braço armado do Hamas (as Brigadas al-Qassam) também referiu que lançou um ataque com um “grande míssil” contra Telavive, em resposta aos alegados “massacres sionistas contra civis”.
Os alertas sonoros também soaram em muitas outras cidades e vilas, incluindo Herzliya e Petah Tikva.
Os militares israelitas adiantaram que oito projéteis dirigiram-se para Israel depois de serem lançados da cidade de Rafah, no sul de Gaza, onde as forças israelitas lançaram recentemente uma incursão. “Vários” projéteis terão sido intercetados.
Pelo menos três explosões foram registadas no centro de Israel. Os serviços de emergência informaram que caíram estilhaços em vários locais, na cidade de Ranana, a norte de Telavive, e também nas cidades de Petah Tikva e Bnei Brak.
Ainda não foi apurado se o ataque causou vítimas ou fez danos materiais.
Rafa
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Guerra no Médio Oriente
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Sean Foley, professor na Universidade do Tennessee Central, nos Estados Unidos, e perito em História do Médio Oriente, encara os ataques, que tiveram origem em Rafah, e tiveram como alvo uma das principais cidades de Israel, como “parte da estratégia do Hamas para pressionar Israel e o seu Governo, antes do reinício das negociações de cessar-fogo”, que serão retomadas na próxima semana.
“O Hamas e a sua liderança estão plenamente conscientes das fissuras políticas internas em Israel, entre aqueles que apelam ao regresso dos reféns e a um cessar-fogo e aqueles que apelam a uma operação militar em Rafah”, diz ao Expresso Sean Foley. “Estas são tensões graves. Ontem à noite, por exemplo, houve manifestações muito participadas em Israel apelando ao regresso dos reféns, enquanto os israelitas debatiam um vídeo publicado nas redes sociais de um reservista das Forças de Defesa de Israel apelando à rebelião se Telavive não atacasse Rafah. O ataque de Rafah também pretende pressionar a aliança EUA-Israel, que tem registado divergências públicas quanto a uma operação em Rafah.”
