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“Lá se fazem, cá se pagam”: no 50.º aniversário do Salário Mínimo Nacional, CDU arrancou campanha em Lisboa com um "choque salarial"

“Uma campanha eleitoral de esclarecimento”, concentrada “na substância” do que está em causa (“a vida das pessoas”), “sem desvios para questões laterais e acessórias” nem fazendo deste um “tempo de festas e festarolas”. É esta a promessa de João Oliveira para a corrida eleitoral até 9 de junho.

Depois de um fim de semana de muitos quilómetros, com passagens por Porto, Portalegre e Setúbal, a caravana da CDU arrancou esta segunda-feira de manhã na Amadora, com uma arruada que reuniu meia centena de pessoas. Ao som da “Carvalhesa”, entoada bem alto na gaita de foles, os militantes percorreram as ruas do antigo bastião comunista (perdido para o PS em 1997) para recordar aqueles com quem se cruzaram que “lá se fazem, cá se pagam”.

“Há quem queira fazer das eleições para o Parlamento Europeu algo distante e desligado da realidade das pessoas, da vida nacional. Ora é exatamente o contrário, estas eleições têm tudo que ver com a nossa vida do dia a dia. E tem de se fazer destas eleições um momento de viragem nessas dificuldades que o país e o povo enfrentam”, defendeu João Oliveira ao microfone montado a poucos metros do Centro de Trabalho do Concelho.

E apresenta desde já a fórmula: é preciso “mais força da CDU para que possamos ter um Portugal mais democrático, desenvolvido e soberano numa Europa de paz, cooperação, progresso social e solidariedade entre os povos”.

Nestas eleições estão em causa os “problemas do dia a dia de um país que se vê cada vez mais dependente, com menos capacidade produtiva, com um caminho de acentuamento das desigualdades e injustiças”continua o cabeça de lista. “Nada disso é obra do acaso. É o resultado de opções políticas que têm sido ao longo de décadas, quer pelos governos nacionais quer pela subordinação a políticas europeias.”

E essas decisões, argumenta, têm manifestações concretas na Amadora. Outrora uma importante zona industrial, hoje está transformada em cidade dormitório, sintoma do diagnóstico que traça para Portugal. “Temos hoje um país mais dependente do estrangeiro, que importa muito do que já antes produziu. Temos hoje um país que dos medicamentos aos comboios, do cereais às conservas, está a desaproveitar capacidades produtivas”.

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