Home Entretenimento Utentes esperam mais de dois dias por medicamentos, revela inquérito da Deco

Utentes esperam mais de dois dias por medicamentos, revela inquérito da Deco

Aviar a totalidade da receita prescrita pelo médico nas farmácias é cada vez mais difícil. O comum agora é ter de esperar por alguns medicamentos e voltar mais tarde. Um inquérito feito pela DECO Proteste revela que, no último ano, 46% dos participantes não conseguiram comprar, pelo menos, um dos fármacos receitados em menos de 24 horas.

“Os tratamentos cardiovasculares, sistema nervoso central ou infeções são os que mais frequentemente estão indisponíveis nas farmácias.” Na grande maioria (88%) estão em causa remédios sujeitos a receita médica. Segundo a DECO, metade dos utentes optaram por esperar pelo fármaco em falta: 59% entre 24 a 72 horas, 25% de quatro a sete dias e 16% ficou mesmo mais de uma semana à espera.

Entre os utentes que preferiram não ter de regressar à farmácia, 19% comprou outro medicamento com o mesmo princípio ativo e 6% foi a outra farmácia aviar a receita. Em 13% dos casos, foi pedida ao médico outra receita.

Falhas justificadas por “procura elevada”

Do lado da dispensa, são várias as razões apontadas para explicar a falta de fármacos disponíveis no momento. A procura elevada (44%) é o argumento mais utilizado, seguido por desconhecimento (21% não sabe), escassez do princípio ativo (19%), problemas logísticos (17%), dificuldades na produção (8%), razões comerciais (8%) ou a substituição do medicamento (5%). No entanto, 47% dos utentes entendem que a informação recebida sobre a falta do fármaco não foi a adequada.

Utentes defendem fármacos sem informação em português

No inquérito, feito em fevereiro e que contou com mil participantes entre os 24 e os 75 anos, foi igualmente apurado que “três em cada dez tiveram custos extra para obter o medicamento em falta, sobretudo, em transportes para ir a outra farmácia ou num fármaco alternativo mais caro”. Além disso, 47% entende que a informação recebida sobre a falta do fármaco não foi a adequada e 76% diz até que perante roturas de stock, as farmácias deviam estar autorizadas a dispensar medicamentos importados mesmo sem informação em português.

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