Apesar da existência de graves problemas habitacionais, facilmente identificáveis já em 2016, grande parte das autarquias portuguesas viveu até 2021 em negação, relativa ou absoluta, em relação às dificuldades de acesso a uma habitação condigna. Foi neste ano que, a reboque da crise económica e social causada pela pandemia, o Governo prometeu usar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para resolver, até 2026, o problema de 26.000 agregados em situação de indignidade habitacional. O facto de as operações serem financiadas 100% a fundo perdido veio mudar completamente as regras do jogo, viabilizando parte do entretanto proposto pela Nova Geração de Políticas de Habitação (2018) e pela Lei de Bases da Habitação (2019). Em 2024, o retrato é facilmente mensurável.
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