Vladimir Putin sinalizou inadvertidamente que as finanças da Rússia poderão estar em condições mais terríveis do que se esperava anteriormente.
Moscovo tem dependido fortemente das suas reservas de vendas de petróleo para continuar a financiar a guerra na Ucrânia, depois de sanções internacionais terem levado muitos investidores a afastarem-se do país.
Mas uma importante alteração fiscal que o Kremlin aprovou esta semana foi interpretada como um reconhecimento de que a economia russa poderá, em última análise, ser incapaz de sustentar o conflito a longo prazo.
De acordo com o novo plano financeiro, o governo russo espera arrecadar mais dinheiro de empresas e pessoas com rendimentos elevados para encher os seus cofres em dificuldades.
A alteração introduziria um novo imposto de rendimento progressivo e aumentaria o imposto sobre as sociedades numa tentativa de arrecadar mais 2,6 biliões de rublos (22 mil milhões de libras).
Para alguns assalariados, a taxa de imposto poderá atingir os 22% com as alterações propostas.
O Kremlin tem procurado proteger o público do peso da pressão das exigências militares – e evitar reações potencialmente perigosas.
Moscovo introduziu uma série de subsídios e programas sociais desde que lançou a invasão da Ucrânia.
O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, também insistiu que os soldados e as famílias mais pobres com crianças obteriam isenções ao aumento de impostos.
As empresas também veriam as exigências fiscais aumentarem, à medida que o imposto sobre as sociedades aumentaria dos actuais 20% para 25%.
