Home Esportes Cartas ao director

Cartas ao director

33
0

O JPP já não é uma ilha

O sistema eleitoral português atribui o exercício do poder político exclusivamente aos partidos. Com o passar dos tempos, PSD e PS deixaram de ser espaços de debate para se transformarem em agências de influência e bancos de favores. Movimentos cívicos e associações de colectividades têm estado arredados do poder político e da possibilidade de o revitalizarem, ligando-o ao quotidiano duma sociedade em rápida transformação.

Na Madeira, a descida do PSD não foi acompanhada pela subida do PS; o menu eleitoral deixou de ter apenas os pratos do dia. Os dois grandes estão a ficar mais pequenos. A ascensão do JPP é o marco simbólico do fim das duas grandes coutadas, uma forma diferente de entrar num jogo que estava a ficar viciado.

Uma maior participação dos eleitores na vida dos partidos é essencial para que a democracia representativa deixe de se esvaziar numa rotina em que o nosso papel quase só ficou reduzido a colocar um rectângulo de papel numa urna, de quatro em quatro anos.

José Cavalheiro, Matosinhos

Quando a esmola é grande…

Está o Governo na disposição de achar que dar tudo a todos é o melhor. Ele são os professores. São os polícias. São os médicos. São os enfermeiros. Os oficiais de justiça. Ainda os militares. Por mim, todos merecem. Por outro lado, vai ajudar a rapaziada com menos de 35 anos na compra da casa. Na renda da casa. No IMI. No IRS. No aval ao crédito.

Suspeito que ainda vou ser eu, velho, que já paguei tanta coisa, que vivo da reforma para a qual contribuí, da qual ainda pago imposto de trabalho, apesar de já não trabalhar, que vou pagar o que faltar para o equilíbrio das contas. Sim, porque, “quem cabritos dá e cabras não tem, de algum lado há-de vir”.

José Rebelo, Caparica

Acabar como ou IRS?!

Isso mesmo. Há que pensar em acabar com o IRS. Já antes cerca de 50% de todos os portugueses não pagavam qualquer IRS. Agora são os portugueses até aos 35 anos (que também são muitos). Os que ganham muito mesmo, também já não pagam nem pagavam IRS. Já só pagam IRS uns quantos portugueses, que até parece que são filhos de um Deus menor! Para se atingir a equidade de que muitos falam, o melhor é ninguém pagar IRS!

Dirão alguns: como se financia isso? Isso é problema? Acabou-se com as portagens num instante, sem discussão (e são 1000 milhões…), e agora há problema em acabar com o IRS? De qualquer forma, dou já sugestões para compensar a perda de receita: aumentar o IVA para 25% (é o caso da Dinamarca), aumentar os impostos sobre o consumo nos combustíveis (princípio poluidor-pagador), aumentar o IUC, o chamado selo do carro (o mesmo princípio), os impostos sobre o álcool, o açúcar e o tabaco (vida saudável), os sacos de plástico (ecologia), aumentar o IMT para andares acima de 500 mil euros (que são aqueles que os vistos ouro e os portugueses ricos” compram, ou seja, um imposto Mortágua II, mas agora a sério) e mais alguma coisa que a imaginação do legislador conseguisse arranjar. Acabar com o IRS. Porque não? Pensem nisso.

Fernando Vieira, Lisboa

Portugal e Ucrânia

Estes dois países estão em pólos opostos no que toca à situação geográfica da Europa democrática: Portugal, no ponto mais a oeste, e a Ucrânia, no ponto mais a leste, a qual, desde 24 de Fevereiro de 2022 está debaixo de uma criminosa guerra, perpetrada pelo ditador Putin, que hipocritamente apodou como operação militar especial.

Sendo que Portugal já é um longevo país, com nove séculos de existência, nada o impede de apoiar totalmente a Ucrânia actual, independente e reconhecida, desde 1991. E é por isso, e muito mais, que a Ucrânia quer cortar definitivamente tudo o que a prenda à Federação Russa, que por todos os meios a quer subjugar e satelizar. Ainda há quem intramuros defenda a paz, sem nunca incriminar o famigerado invasor, parando no tempo em que se desmantelou a ex-URSS e continuando a pensar que ela ainda existe. Na UE, se para lá forem, é para minar a sua coesão, criticando a sua acção, tal como fazem os extremistas de direita, apoiando Putin, e repudiando o euro, mas talvez querendo a sua “​rublização”​.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

Fuente

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here