Home Entretenimento CDU foi à “cadeia do som” evocar os “exemplos” para a “luta...

CDU foi à “cadeia do som” evocar os “exemplos” para a “luta que nunca está acabada”

38
0

O tempo está frio, húmido e batido a vento na Fortaleza de Peniche, mas são os tons cinzentos do dia que carregam ainda mais a memória do que em tempos aqui se viveu. “Isto era uma cadeia do som. Ouviam o mar, as traineiras, a sirene, os gritos e os guardas, mas não viam nada”explica Aida Rechena, diretora do recém-inaugurado Museu Nacional da Resistência e Liberdade.

Ao terceiro dia da campanha, a CDU quis lembrar quem “em tempos mais difíceis do que hoje” não se “vergou” para que sirvam de “exemplo” na “luta pela liberdade e democracia que nunca está acabada”.

José Pedro Soares é a prova viva desta mensagem. O ex-deputado da Assembleia Constituinte e I Legislatura pelo PCP foi o preso político por mais tempo submetido à tortura de sono. “O principal embate era quando éramos presos, o primeiro contacto com a PIDE”, conta a João Oliveira. No pátio dos detidos, onde aponta a janela da sua cela, recorda como depois da condenação, sofriam com o “isolamento” e as tentativas de “mandar abaixo” o espírito e corpo. Mas fala também da entreajuda entre os presos e das formas como iam conseguindo comunicar às escondidas e até coordenarem-se para fazer reivindicações.

Primeiro esteve detido em Caxias, mas já estava em Peniche há um ano quando se deu o 25 de Abril. Foi a partir de uma televisão (uma das conquistas conseguidas pelos presos) que acompanhou em direto o que se passava em Lisboa. “Os guardas estavam muito atrapalhados. Diziam que eram funcionários, que estavam cá para servir o regime. Muitos eram muito cobardes.”

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Fuente

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here