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Hugo Viana: “Costumo dizer ao Rúben Amorim que eu na equipa dele não jogaria de certeza e ele concorda. O futebol mudou muito”

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Nasceu em janeiro de 1983, em Barcelos, onde cresceu e viveu até aos 14 anos. Os pais trabalhavam o dia todo e o Hugo ficava com a avó, que vivia a 2 minutos do antigo estádio do Gil Vicente. Era ali que passava grande parte do dia. “Ia todos os dias ao estádio para assistir aos treinos. Gostava de ver os jogadores chegarem, ver que roupas usavam, que carro tinham, como se comportavam”, conta.

Tinha jeito para a bola e com 14 anos foi descoberto por um olheiro que fazia parte da rede de contactos de Aurélio Pereira. Saiu de Barcelos e foi viver para Lisboa, para a antiga academia do Sporting. Partilhava o quarto com mais quatro colegas e só tinham uma casa de banho. “Hoje as condições são outras, mas a adaptação foi complicada. Não estava habituado e a privacidade era pouca”, desabafa.

Nuno Raposa

Para este podcast trouxe uma fotografia de infância onde está sentado em cima da mota do pai. Foi tirada em casa da avó e é uma das poucas fotos que tem de criança.

“Adorava andar de mota com o meu pai. Sentia uma liberdade enorme. Quando era mais novo gostava que ele me fosse buscar à escola, mas quando cresci comecei a ter vergonha porque a mota fazia imenso barulho”, recorda.

Nuno Raposa

Com 16 anos já era jogador profissional e o futebol tirava-lhe algum tempo, principalmente para os estudos. Deixou a escola, decisão que hoje considera um “erro”, e focou-se a 100% na carreira. Deu frutos.

Com 18 anos, foi campeão nacional pelo Sporting, na época 2001/2002, e jogou com personalidades que marcaram o futebol português como Jardel, João Pinto, Paulo Bento ou Rui Jorge.

Com 19 anos saiu do Sporting e foi para o NewCastle. Viu o convite como a “única oportunidade” que tinha para jogar na Premier League, mas confessa que foi “precipitado”. “Deixei-me levar. Sabendo o que sei hoje tinha mudado muita coisa na minha vida profissional”, reflete.

Foi sozinho para Inglaterra com a namorada, hoje mulher e mãe dos filhos. “Éramos dois miúdos”, continua. A primeira filha, a Sara, nasceu um ano depois.

A família está habituada a andar com a “casa às costas” e esteve sempre dependente da carreira, mas graças ao futebol já conheceram vários cantos do mundo e os filhos aprenderam várias línguas. “Falam muito melhor inglês do que o pai e gozam muito comigo”, conta.

Nuno Raposa

Em 2016 pendurou de vez as chuteiras e nunca mais jogou futebol, nem para matar o bicho. “Nunca senti necessidade de voltar a jogar. Gosto de correr”, confessa.

Aos 35 anos tornou-se dirigente desportivo do Sporting e é um dos responsáveis pelo fim da seca de campeonatos do clube de Alvalade. Não foi fácil afirmar-se e admite que o primeiro ano foi marcado por muitas “críticas”.

Integrou o clube em 2018, depois do ataque à academia, já na presidência de Frederico Varandas, e destaca as mudanças nos leões e como acredita que a nova administração mudou o futebol português. “Fomos pioneiros na maneira de comunicar e reagir aos maus momentos. Os adeptos do Sporting mudaram e a época passada foi o exemplo disso”, explica.

Nuno Raposa

Hugo Viana é o convidado do novo episódio do Geração 80. Nesta conversa com Francisco Pedro Balsemão fala sobre como é trabalhar com um dos melhores amigos, Rubén Amorim, e revela a receita para a conquista do campeonato. Sobre o segredo mais bem guardado de Alvalade, a saída ou continuidade de Viktor Gyökeresnão levanta o véu, mas garante que o jogador sueco está “feliz” no clube. Ouça aqui a entrevista.

Nuno Raposa

Livres e sonhadores, os anos 80 em Portugal foram marcados pela consolidação da democracia e uma abertura ao mundo impulsionada pela adesão à CEE. Foram anos de grande criatividade, cujo impacto ainda hoje perdura. Apesar dos bigodes, dos chumaços e das permanentes, os anos 80 deram ao mundo a melhor colheita de sempre? Neste podcast, damos voz a uma série de portugueses nascidos nessa década brilhante, num regresso ao futuro guiado por Francisco Pedro Balsemão, nascido em 1980.

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