“Procuro! Procuro! Abril no meu futuro!” Foi com estas palavras de ordem e num ambiente de grande festa que a Juventude da CDU se fez notar na principal avenida de Setúbal este domingo. Ao sétimo dia de campanha, e com números mais modestos depois do ajuntamento do dia anterior, a nova geração comunista deu sinais de vida e veio afirmar que “há alternativa e vale a pena lutar”.
“Nos 50 anos da revolução de abril querem-nos fazer esquecer que houve uma altura em que o povo tomou o rumo do país nas suas mãos. Que houve uma altura em que a vida andou para a frente”afirmou do púlpito Inês Guerreiro, oitava candidata pela CDU e dirigente da Juventude Comunista Portuguesa. “Em abril, o povo mudou o nome das pontes e das ruas. Mandamos abaixo muros nas escolas, nos campos e nos bairros. Temos a certeza que abril é e tem de ser mais futuro.” E por isso deram o nome à iniciativa nacional “Leva Abril até ao Voto”.
Num partido tantas vezes acusado de estar grisalho, toda esta “determinação” dos seus jovens enche a CDU de orgulho. “Somos uns felizardos”, diz Paulo Raimundo. Eles são a “chama mais viva da Revolução de Abril”. E é para que ela nunca se apague que se apressa a apontar o dedo aos “anúncios atrás de anúncios” do Governo AD.
“De que serve que falem de impostos quando aquilo que faz falta é o salário? De que serve que venham falar de incentivos e prémios quando o que faz falta é acabar com a chaga social que é a precariedade? De que vos vale garantias bancárias para a compra de uma casa que não pára de aumentar o seu preço, quando é hoje e agora que não se aguentam as rendas e as prestações?”questiona o secretário-geral do PCP.
