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Não olhar para o mundo rural “porque não dá votos” é condenar o país

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A agricultura é um dos pilares fundamentais para a ocupação e coesão territorial, ganhando ainda mais relevância nas zonas do interior que têm vindo a perder população ao longo dos anos. Menos pessoas significa menos eleitorado, mas se os políticos deixam de olhar, não só para a agricultura, mas para o mundo rural, “porque não dá votos” estão a condenar o país a médio prazo, afirmou Pedro Mota Soares.

Se não pensarem em reformas estruturais que capacitem Portugal para ser mais produtivo, sustentável e coeso, estão a fazer “francamente mal o seu papel”, que tem também uma importante componente explicativa, nomeadamente no que diz respeito à prática agrícola. A importância do sector não reside apenas no quadro nacional. Trata-se de uma questão de “soberania alimentar” do espaço da União Europeia e urge explicar aos cidadãos que os apoios públicos para a agricultura não visam privilegiar o sector face a outros, mas antes “fornecer a todos o que é básico e essencial”.

Mas para garantir a produção de alimentos é preciso atacar desafios como a escassez de água, “fator de produção crítico” para a agricultura, o que também passa por medir a água utilizada nas explorações, o que não acontece em 70% delas, apontou Pedro Siza Vieira. Práticas mais eficientes de rega e menos perdas na rede são objetivos claros, mas para que o consumo de água seja mais eficiente, há um grande trabalho de formação e de capacitação tecnológica a realizar junto dos agricultores.

Neste sentido, a noção de “interdependência” é essencial, considerando o papel destes profissionais nos territórios que produzem a água que as cidades utilizam, explicou Carlos Costa Neves. A agricultura continua a ser um sector com “menor atenção pública e política do que outros”, mas não se pode tomar medidas que a afetem diretamente sem contemplar os impactos que terão noutras zonas do país.

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