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HPV: “Ministério da Saúde está fortemente comprometido com esta causa”

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Apesar dos resultados muito satisfatórios no que diz respeito à vacinação em Portugal, o que deixa os especialistas de várias áreas orgulhosos, o HPV (vírus do papiloma humano), infeção sexualmente transmissível muito comum, continua a deixar marca e a originar muitos casos de cancro, não só no nosso país, como na Europa.

Os números são disso exemplo — estima-se que 85 a 90% das pessoas sexualmente ativas já tiveram contacto com o vírus em alguma altura das suas vidas sem saber, e é a nível mundial responsável por 100% dos cancros do colo do útero, 90% dos cancros do ânus, 75% dos cancros da vagina, 63% dos cancros do pénis, 69% dos cancros da vulva e 70% dos cancros da orofaringe.

Portugal está, porém, no bom caminho, e isso ficou claro durante as intervenções no evento. A abertura dos trabalhos desta conferência esteve a cargo de Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, que, apesar de elogiar os resultados, afirmou: “É essencial continuar a trabalhar e aumentar a cobertura vacinal. É possível ir mais longe. É essencial estarmos articulados para obter resultados ainda melhores. O Ministério da Saúde está fortemente comprometido com esta causa”.

Seguiu-se Teresa Fernandes, coordenadora do programa nacional de vacinação da DGS, tendo então sido apresentados alguns casos de estudo relacionados com a inovação no combate ao HPV, com intervenções de Pedro Vieira Baptista, do Centro Universitário Hospitalar de São João; José Dinis, diretor do Programa Nacional de Doenças Oncológicas da DGS; e Carmen Lisboa do Centro Universitário Hospitalar de São João.

Na segunda metade dos trabalhos um painel composto por Rui Medeiros, presidente do European Cancer Organization, Luís Mendão, diretor de advocacia, políticas de saúde e relações externas do Grupo de Ativistas em Tratamentos (GAT); Marta Valente Pinto, presidente da comissão técnica de vacinação da DGS; e Cátia Caldas, infeciologista no Centro Hospitalar Universitário de São João, abordaram o tema “Desafios e metas: o que pode a Europa fazer no combate ao HPV?”. O encerramento dos trabalhos esteve a cargo de Rita Sá Machado, Diretora Geral da Saúde, que revelou ser sua intenção apresentar à tutela um plano para a eliminação do HPV em Portugal.

Conheça as principais conclusões.

Sucesso

  • Os especialistas defendem que as doenças causadas pelo HPV podem ser eliminadas se Portugal continuar a desenvolver estratégias eficazes, pois os resultados atuais são altamente satisfatórios. “Tentar fazer muita coisa ao mesmo tempo sem evidências… Estamos no bom caminho, mas coisas têm de ser feitas de forma cautelosa. Todas as estratégias têm de ser baseadas na investigação”, alertou Marta Valente Pinto.
  • José Dinis não tem dúvidas: “Portugal é exemplo a seguir, nesta área está no topo da saúde pública no mundo”.
  • “Portugal tem uma história para contar nesta área, a Europa olha para nós com grande interesse”, reforçou Rui Medeiros.
  • O rastreio e a vacina foram considerados fundamentais pelos especialistas, assim como a investigação e a monitorização de dados.

meta

  • O objetivo é eliminar as doenças causadas pelo vírus até 2030.
  • Foi por isso realçada a necessidade de haver maior evidência científica em alguns sectores que justificam atenção, como, por exemplo, os migrantes e as populações imunocomprometidas.
  • “É um tema de elevada importância para Portugal e região europeia”, comentou Rita Sá Machado.
  • A literacia é determinante porque as pessoas compreendem melhor o objetivo da vacina quando estão melhor informadas.

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