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Líder do governo põe Haddad no fogo ao mostrar insatisfação com proposta da Fazenda; leia bastidor

Senador Jaques Wagner afirmou que ação de Pacheco de devolver a MP ‘teve o aplauso de Lula’ e interrompeu o que seria uma ‘tragédia sem fim’

BRASÍLIA – A fala do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), no plenário da Casaapós o anúncio da devolução da MP que limita a compensação de créditos do PIS/Cofins pelas empresasna tarde desta terça-feira, 11, deu a dimensão da insatisfação do Congresso – e do próprio Executivo – com o projeto encaminhado pelo Ministério da Fazenda.

Segundo Wagner, que se sentou ao lado do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante o anúncio, o senador mineiro “encontrou solução que teve aplauso do presidente da República” e “teve a capacidade de encontrar um caminho legal e constitucional para interromper o que seria uma tragédia sem fim”.

Ou seja: para o líder do governo, o erro foi da Fazenda, e Lula teve de aceitar a devolução para evitar uma consequência ainda pior.

Empresários que vieram ao Senado acompanhar a sessão afirmaram que o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, alegou desconhecer o impacto da medida no setor produtivo, o que foi interpretado como um sinal de que Haddad não tinha o apoio da cúpula do governo na MP.

Há relatos também, como já mostrou o Estadãode que os ministros do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, não foram consultados sobre o teor do texto.

Esses mesmos empresários entendiam que o erro maior era da equipe do ministro Fernando Haddad, e que não enxergam um ministro como um inimigo. Há sempre o temor, entre o setor produtivo, de que uma pressão muito grande sobre Haddad possa fazer com que ele balance no cargo, levando a uma opção “pior” para o posto.

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