O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reuniu-se com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para discutir a reconstrução e armamento numa conferência de reconstrução da Ucrânia em Berlim, na Alemanha. Sistemas de defesa aérea são a chave crucial para proteger as cidades ucranianas e, consequentemente, a resposta para travar a invasão russa, defendeu o líder ucraniano.
“Enquanto não privarmos a Rússia da possibilidade de aterrorizar a Ucrânia, Putin não terá interesse real em procurar uma paz justa”, afirmouZelensky.
Os bombardeamentos russos às infraestruturas energéticas reduziram para metade a produção de eletricidade no país, desde o inverno. Além disso, o chefe de Estado da Ucrânia garante que 80% da produção térmica e um terço da produção hidroelétrica foram destruídos por ataques russos.
“A missão de recuperação da Ucrânia é muito mais do que a simples reconstrução das infraestruturas danificadas e a sua proteção contra a destruição. Trata-se de restaurar a fé de todas as nações e de garantir que não restem ruínas depois de todos os ataques. Isto torna fútil a própria ideia de agressão”, disse o Presidente ucraniano numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
O chanceler alemão relembrou que “o que o exército ucraniano mais precisa atualmente é de munições e armas, em particular para a defesa aérea”. Anunciou ainda que Berlim vai entregar um terceiro sistema de defesa antiaérea Patriot e Iris-TSLM, tanques com armamento antiaéreo Gepard, mísseis e munições de artilharia, “porque a melhor reconstrução é aquela que não tem de ser feita de todo”, justificou Olaf Scholz.
Também o Banco Europeu de Investimento pretende entregar mais de mil milhões de euros durante a Conferência Internacional para a Reconstrução da Ucrânia, para apoiar a recuperação económica e a reconstrução da ucraniana. A instituição já destinou, desde o início da guerra, mais de dois mil milhões de euros para a reparação de infraestruturas ucranianas de energia, transportes e abastecimento de água.
OUTRAS NOTÍCIAS QUE MARCARAM O DIA:
⇒ A Suíça vai receber uma cimeira para a paz na Ucrânia este fim-de-semana. Cerca de 90 países e organizações internacionais já confirmaram a presença, a Rússia não integra a lista dos convidados e a China não vai marcar presença.
OLIVIER MATTHYS
Guerra na Ucrânia
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⇒ O ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, disse que a Polónia considerou o pedido de Kiev para enviar formadores militares, mas chegou à conclusão de que “seria mais seguro e eficiente formar na Polónia uma unidade ucraniana composta por cidadãos daquele país sujeitos ao recrutamento”. Enquanto o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou recentemente que “se um homem maior de idade vai para o exterior, mostra que não se preocupa com a sobrevivência de seu estado”.
⇒ Um tribunal de Moscovo confirmou o internamento num hospital psiquiátrico de um estudante que estava a ser julgado por ter difundido “informações falsas” sobre o exército russo. Maxim Lypkan, de 18 anos, é um ativista contra a agressão russa à Ucrânia e, antes da sua detenção, tinha planeado uma ação de protesto para assinalar o primeiro aniversário da ofensiva russa na Ucrânia.
