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Porto norte-americano na Faixa de Gaza vai voltar a parar de receber ajuda humanitária

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O cais construído pelos EUA para fazer chegar ajuda humanitária na Faixa de Gaza continua a funcionar inconsistentemente e, segundo a CNNpode voltar a ser suspenso devido ao mau tempo. Neste sábado, as forças norte-americanas devem desmantelar temporariamente o porto humanitário, pela segunda vez no espaço de poucas semanas, devido às condições do Mar Mediterrâneo, que o podem pôr em risco.

A operação ocorre poucos dias depois de o fornecimento de ajuda humanitária recomeçar, e o porto móvel, conhecido como JLOTS (do acrónimo inglês “Joint Logistics over the Shore”), será levado para o porto israelita de Ashdod.

As operações de entrega de ajuda continuaram esta sexta-feira, e a mudança do cais deve ocorrer durante a noite.

Os alimentos e mantimentos que têm sido encaminhados através do porto pago pelos Estados Unidos não estão a chegar, contudo, à população que precisa deles. A operação norte-americana no cais tem atravessado complicados desafios logísticos; só no mês passado, a estrutura sofreu graves danos em alto mar e as obras de reparação demoraram uma semana. Na semana passada, voltou a ser colocado na costa da Faixa de Gaza, mas no domingo e segunda-feira as operações pararam novamente devido à intensidade das ondas.

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Além disso, o Programa Alimentar Mundial (WFP, na sigla em inglês), a agência das Nações Unidas responsável pela distribuição da ajuda humanitária, suspendeu a sua própria operação há vários dias por “motivos de segurança”, e a comida tem-se amontoado na zona de triagem montada na praia de Gaza.

Essa suspensão surgiu após as forças israelitas, com o apoio dos norte-americanos, terem usado o cais no sábado passado para uma operação de resgate de quatro reféns retidos no enclave palestiniano. Contudo, os militares israelitas mataram mais de 270 civis palestinianos e perderam um soldado durante o salvamento. A diretora do Programa Alimentar Mundial, Cindy McCain, confirmou à CBS News que dois armazéns da agência foram atingidos durante o resgate e um funcionário ficou ferido.

Como tal, a entrega de ajuda humanitária, mesmo com o cais pronto, só deve ocorrer com o ‘ok’ do WFP e do departamento de segurança das operações militares da ONU.

O cais, apesar de ter sido uma dispendiosa iniciativa pela administração Biden, tem sido amplamente criticado por organizações não-governamentais e pelos republicanos no Congresso, que têm alertado para os riscos desnecessários que a estrutura tem gerado e questionado a sua viabilidade a longo prazo.

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